31ª Feira do Peixe Vivo vai ter aumento no preço do pescado e deve comercializar menos que a edição anterior

Seja assado, frito, em caldos ou até mesmo preparado como sushi, o pescado não pode faltar na Sexta-feira Santa para reunir os familiares. Por isso, a 31ª edição da Feira do Peixe Vivo vai ocorrer entre os dias 4 (terça-feira) a 7 (sexta-feira) de abril, em 10 pontos de Santa Maria, sendo o principal local a Gare da Viação Férrea, junto com bancas de artesanato. A feira ocorrerá nestes dias das 7h às 19h com a venda de nove espécies. Na Sexta-feira Santa (7), o horário de comercialização vai até ao meio-dia. O preço do quilo vai variar entre R$ 14,80 a R$ 23,80. Neste ano, não vai ter o famoso caminhão do peixe, devido a problemas mecânicos no veículo. A estimativa de comercialização é para ser em torno de 70 toneladas. 

Em 2022, foram vendidos, nos quatro dias de feira, mais de 100 toneladas de pescados. Já o Caminhão do Peixe Vivo, que esteve em três pontos diferentes da cidade, vendeu cerca de 3,5 toneladas. Conforme o secretário de Desenvolvimento Rural do município, Rodrigo Menna Barreto, este ano, devido à estiagem, as produções diminuíram por causa do baixo nível dos açudes.– É importante que a população garanta o peixe nos primeiros dias da feira, porque provavelmente pode faltar se deixarem mais para o último dia. A Associação de Piscicultores de Santa Maria informou que, em virtude da estiagem, houve uma diminuição na quantidade de quilo dos pescados. E, em relação ao ano passado, é para ocorrer uma redução de 30% na quantidade comercializada. Foi construído mais de 100 açudes pela prefeitura (como medida para reduzir o impacto da estiagem), com a ideia de expandir a produção dos piscicultores. Já para os outros produtores, de hortaliças, por exemplo, o objetivo é começar a diversificar as vendas, como o incentivo da produção de peixes.

Investimento

Presidente da Apism, Paulo Schuster dando ração para os peixes

Com a diminuição do nível dos açudes e o aquecimento da água, os peixes não se alimentam da forma correta. Ainda, devido ao calor excessivo, pode haver choque térmico e diminuição de oxigênio, levando as espécies, na maioria das vezes, a morte. O piscicultor e presidente da Associação dos Piscicultores de Santa Maria (Apism), Paulo Schuster, comenta que o normal é produzir cerca de oito toneladas de peixe, mas a severa estiagem reduziu para apenas cinco toneladas. – O nível da água está mais de um metro abaixo do normal. Aqui não foi tão grande a perda, porque eu tenho depósitos de água de grande profundidade. Mas, o pessoal da região sofreu muito e tiveram perdas significativas. Apesar dos prejuízos, acreditamos que a feira vai ter uma boa comercialização em todos os pontos da cidade, em especial o da Gare. E a época que vai começar as vendas é boa, além de os peixes serem de boa qualidade.

A prefeitura ajuda no fornecimento da infraestrutura, como eletricidade para ligar as bombas da piscina que ficam as espécies, com o fornecimento de banheiros químicos e preparo dos locais. Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural, cerca de R$ 20 a R$ 25 mil serão investidos na Feira.– Em relação à questão sanitária, o pessoal da inspeção se reúne com a Associação para definir os processos necessários. Durante o período da feira, a Vigilância Sanitária visita o local para ver se as normas estão sendo obedecidas. 

Para comemorar a Páscoa

Além da Feira na Gare, junto com os cinco piscicultores, vai ter bancas de artesanatos de páscoa, com venda de chocolates e produtos da agricultura familiar também.

A Feira vai funcionar entre os dias 4 a 7 de abril, das 7h às 19h. Na sexta-feira (7), o horário é das 7h ao meio-dia

Entre os 10 pontos de venda, apenas a Gare que vai fornecer a limpeza do peixe. Até 2kg é R$ 8 e, acima dessa quantidade, R$ 10

Ao todo vão ser 16 produtores comercializando na Feira. Mas, de forma indireta, são mais de 40 piscicultores que vendem durante esse período da Páscoa

O menor preço em 2022 era de R$ 12,20. Neste ano, o menor preço do quilo é R$ 14,80, um aumento de R$ 2,60

O maior valor ano passado era de R$ 21,20. Em 2023, o maior valor por quilo é de R$ 23,80, um aumento de R$ 2,60

Locais

Gare da Viação Férrea, Bairro Centro, final da Avenida Rio Branco 

Faixa Velha de Camobi, na frente da Caixa Econômica Federal 

BR-287, próximo ao posto Santa Lúcia 

Rua Eugênio Mussoi, Bairro Urlândia, na Vila Santos, ao lado do PAR 

BR-158, junto a Banca Feltirn, próximo a ponte do arroio Raimundo

Avenida Paulo Lauda, Bairro Tancredo Neves, junto ao Centro Comercial 

BR-392, ao lado da empresa Verdes Vales John Deere 

BR-392, em frente ao acesso do Frigorífico Silva

Rua Radialista Osvaldo Nobre, Bairro Juscelino Kubitschek, esquina com a Rua Vasco da Cunha

Avenida Governador Walter Jobim, Bairro Juscelino Kubitschek,  junto a Aurora Máquinas

Tabela de preços (por Kg)

Carpa Cabeça Grande – R$ 14,80 kg

Carpa Húngara –  R$ 18,80 kg

Carpa Prateada – R$ 18,80 kg

Carpa Capim – R$ 21,80 kg

Tilápia – R$ 21,80 kg 

Nativos – Pacu, Traíra, Jundiá e Piava – R$ 23,80 kg

Tabela de preços em 2022 (por Kg)

Carpa-cabeça-grande – R$ 12,20 kg

Carpa Húngara – R$ 16,60 kg

Carpa Prateada – R$ 16,60 kg

Carpa Capim – R$ 19,60 kg 

Tilápia – R$ 18,20 kg

Nativos – Pacu, Traíra, Jundiá e Piava – R$ 21,20 kg